Inspirado pelo famoso tribunal popular Russell-Sartre, o Tribunal de Belmarsh coloca a Guerra contra o Terror à prova e responsabiliza o governo dos EUA por seus crimes de guerra. Leva o nome da prisão londrina que mantém Assange em reclusão permanente há dois anos, enquanto ele enfrenta o pedido de extradição para os EUA, cujo governo conspirou por seu assassinato. O Tribunal de Belmarsh realizará seu primeiro encontro presencial em Londres no dia 22 de outubro de 2021, no Salão de Convocação, Church House, Westminster, que foi usado para sessões do parlamento durante a Segunda Guerra Mundial.
O Tribunal de Belmarsh reunirá figuras importantes da política, do direito e do jornalismo, para elucidar os crimes americanos que foram revelados pelo WikiLeaks - como tortura, violência, espionagem ilegal - mas também para falar sobre os crimes existentes, cometidos tanto pelos EUA como pelo Reino Unido contra Julian Assange por expor suas ações ilegais e injustificáveis. Entre os oradores que aparecerão tanto na presença física quanto via "live-stream" estão
"Depois das revelações sobre os planos da CIA de matar um editor e jornalista em solo britânico, não apenas o atual governo dos EUA, mas também o governo britânico devem ser responsabilizados por ainda manterem Assange encarcerado", diz o filósofo Srećko Horvat, membro do gabinete da Progressive International e um dos fundadores do Tribunal de Belmarsh.
"Entendemos que a administração Biden deve retirar as acusações contra Assange e que o governo britânico deve libertá-lo imediatamente e acabar com o sofrimento e a tortura de um homem corajoso, que não cometeu crime algum. Em uma sociedade em que dizer a verdade se torna um crime, todos nós somos cúmplices desse suposto crime enquanto Assange estiver na prisão".
" O Wikileaks expôs crimes do império norte-americano no Afeganistão, Iraque e mais além. No Tribunal de Belmarsh, vamos dar meia volta na direção correta, colocando em julgamento crimes de guerra, tortura, sequestro e uma série de outras graves violações dos direitos humanos", diz Jeremy Corbyn, membro do Conselho da Internacional Progressista e membro do Tribunal de Belmarsh.
"Os perpetradores desses crimes circulam livremente, muitas vezes sendo ainda figuras públicas proeminentes nos EUA, Reino Unido e em outros lugares. Eles devem ser responsabilizados pelas vidas que destruíram e pelo futuro que roubaram".
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