Na quinta-feira, 12 de outubro, os organizadores da Ação pela Palestina nos EUA realizaram uma ação direta contra o maior fabricante de armamento de Israel, a Elbit Systems, em seu "Centro de Inovação" em Cambridge, Massachusetts. Os ativistas bloquearam a entrada principal da empresa para que os funcionários não pudessem entrar e pintaram o prédio com tinta vermelha e pichações, denunciando os lucros da Elbit com os crimes da guerra israelense contra os palestinos. "A Elbit Systems não continuará a fazer negócios em nossa cidade regularmente enquanto suas armas estiverem dizimando o povo palestino", gritaram os ativistas bloqueados na porta da frente da Elbit. "Criminosos de guerra trabalham na Bishop Allen Drive no. 130!"
O escritório da Elbit, em Cambridge, sofreu mais duas ações após o bloqueio de quinta-feira. Naquela noite, o prédio foi pichado com a frase "A ELBIT LUCRA COM O GENOCÍDIO" e "CRIMINOSOS DE GUERRA TRABALHAM AQUI". Depois, no domingo, os sensores dos cartões-magnéticos foram destruídos em ambas as entradas, impedindo o ingresso dos funcionários no prédio, que foi pintado com tinta vermelha e pichações com as palavras "GAZA RESISTE" e "A ELBIT ARMA O GENOCÍDIO".
O que Israel está fazendo com a Palestina não é nada menos do que um genocídio, e a Elbit tem sangue nas mãos. A empresa fornece 85% da frota de drones militares de Israel, juntamente com munição, gás lacrimogêneo, equipamento terrestre e armas proibidas internacionalmente. Em Gaza, Israel usou armamento da Elbit para assassinar mais de 3.500 homens, mulheres e crianças palestinas e feriu mais de 12.000 pessoas desde o dia 7 de outubro, com milhares ainda desaparecidos sob os escombros, em retaliação à operação de resistência Tempestade de Al-Aqsa (Al-Aqsa Flood). Ontem (18 de outubro), Israel cometeu um crime de guerra medonho, bombardeando o Hospital Al-Ahli, na Cidade de Gaza, massacrando pelo menos 500 palestinos, e milhares ainda estão desaparecidos sob os escombros - médicos, pacientes e famílias que haviam fugido para o hospital em busca de abrigo, apenas para serem bombardeados novamente. Uma criança é assassinada a cada 15 minutos na Palestina. Esses ataques aéreos não servem apenas para executar limpeza étnica em Gaza, mas são também usados pela Elbit como propaganda para comercializar seu armamento aos demais regimes repressivos - da Caxemira ao Azerbaijão e à fronteira dos EUA e o México. Ao atacar a Elbit, rompemos um elo fundamental na máquina militar do imperialismo ocidental.
A Ação pela Palestina nos EUA clama por ajuda global no sentido de internalizar esses números com a devida gravidade, por reconhecimento do profundo terror e luto vivenciados pelos palestinos por gerações, e pela organização de ações em cada cidade para pôr fim a esse genocídio de 75 anos que ainda se desdobra diante dos olhos do mundo. Enquanto permitirmos que a Elbit opere em nossas comunidades, cada um de nós terá sangue nas mãos.
A solidariedade com a Palestina exige a denúncia da Elbit Systems e de todos os desenvolvedores de armamento como fabricantes de genocídio.
A solidariedade com a Palestina exige a tomada de medidas diretas até que a Elbit não possa mais "inovar" os instrumentos de vigilância, opressão e terror que utiliza a partir das nossas comunidades.
A solidariedade com a Palestina exige a descontinuação da máquina de guerra dos Estados Unidos em todas as suas formas, porque o armamento da Elbit, após ser "testado em situações reais" nos palestinos, mata e matará pessoas oprimidas e colonizadas em outros países.
Estamos transformando a Ação pela Palestina nos EUA em um movimento global.
Ações diretas constantes podem tornar o mercado da Elbit inviável. Isso já aconteceu no Reino Unido, onde a Ação pela Palestina fechou permanentemente uma fábrica da empresa e a sede em Londres, depois de uma ação direta intensa e várias prisões. Após os atos da semana passada, a Elbit removeu do web site o endereço das instalações em Cambridge, Massachusetts. Eles temem o poder de resistência da comunidade contra os lucros com a guerra.
Desde o bloqueio de quinta-feira e as interrupções subsequentes nos Estados Unidos e no Reino Unido, as ações da Elbit caíram, ao mesmo tempo em que os lucros de todos os outros fabricantes de armamento dispararam. A Elbit opera não apenas em Massachusetts, mas também em New Hampshire, Pensilvânia, Virgínia, Texas, Flórida, Alabama e Carolina do Sul. Imagine o que uma ação direta coordenada em todo o país contra a Elbit pode produzir.
O momento de agir é agora. Vamos fechar a Elbit Systems e todas as empresas de armamento que promovem o genocídio de Israel na Palestina. Para se manter informado, siga-nos em @pal_actionus ou escreva para [email protected].