Nesse exato momento, enquanto você lê a nossa newsletter, trabalhadores e trabalhadoras, cidadãos e cidadãs de todo o mundo estão em greve e protestando contra a Amazon. De fato, o dia de ação global de hoje é mais do que um protesto. É uma declaração mundial de que esta era de abusos tem que acabar.
A Amazon é um dos símbolos desta era de abusos. É por isso que nos reunimos para enfrentá-la. O império da empresa de 1,5 trilhões de dólares (R$7.5 trilhões aprox.) abrange todo o mundo, e atua em quase todas as etapas da produção e exploração capitalista. A Amazon e o seu império demonstram a forma como a economia funciona no século XXI: espremendo até à última gota que pode a cada passo. O modelo de negócios da Amazon pressiona os trabalhadores, as trabalhadoras, as comunidades e o nosso planeta.
Apesar de ter triplicado os seus lucros—segundo o seu relatório financeiro mais recente—a Amazon ainda sujeita seus trabalhadores e trabalhadoras a um intenso stress e uma gestão por algoritmos, ao mesmo tempo em que tenta impedi-los de se organizarem num sindicato.
A empresa se utiliza de advogados, lobistas e manobra para jogar os países uns contra os outros a fim de pagar taxas e impostos incrivelmente baixos.
A máquina de relações públicas da Amazon e de seu fundador, Jeff Bezos, pinta a Amazon de verde. Mas a empresa deverá perder a tão alardeada meta de ‘emissão-zero’, prevista para 2040, em mais de 300 anos.
E a Amazon não tem escrúpulos em apoiar sistemas de violência e opressão. A gigante tecnológica faz parte de um contrato com o Estado e os militares de Israel para o desenvolvimento de computação em nuvem de ponta—o que envolve a empresa diretamente no apartheid promovido pelas forças israelenses, na ocupação e na campanha genocida travada contra a população palestina.
Em mais de 150 ações espalhadas por mais de 30 países, hoje nós nos levantamos para Fazer a Amazon Pagar (Make Amazon Pay) por esses crimes. Nós destacamos as seguintes ações:
Uma arma mais terrível que a guerra
As sanções econômicas se tornaram uma ferramenta favorita da política externa dos EUA para confrontar os seus adversários e punir os então chamados “maus atores” em todo o mundo.
O governo dos EUA diz que elas são uma alternativa à guerra—uma medida específica para eliminar os bandidos sem disparar uma bala.
Mas a história oculta das sanções econômicas mostra que elas podem ser mais letais do que qualquer arma, gás ou bomba de megatons—uma arma, nas palavras do Presidente dos EUA, Woodrow Wilson, “mais terrível do que a guerra”.
No terceiro episódio do Internacional, uma parceria de vídeo entre a Internacional Progressista e a Jacobin, o Dr. Ammar Ali Jan revela essa história —e explica como esta terrível arma realmente funciona. Assista aqui.
Palestina
À medida que o ataque implacável e genocida de Israel a Gaza atinge proporções cada vez mais brutais, os protestos e as ações em solidariedade com a Palestina continuam em todo o mundo.
Nas últimas semanas, membros e membras da Internacional Progressista, como o Movimento da Juventude Palestina e o Centro de Organização de Recursos Árabes, organizaram ações importantes, incluindo um bloqueio da Bay Bridge, na Califórnia—uma artéria fundamental para o tráfego em Los Angeles.
No dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino (proposto pela ONU), movimentos em todo o mundo apelam a uma mobilização em massa. A Internacional Progressista junta-se a esse apelo e convida os seus membros, aliados e aliadas em todo o mundo a marchar por um cessar-fogo e pela libertação da Palestina.