Tirem Cuba da lista. Esse é o chamado de cerca de 600 parlamentares de 73 países hoje, ao assinarem uma carta conjunta, coordenada e publicada pela Internacional Progressista, condenando a designação de Cuba pelos Estados Unidos como um “estado patrocinador do terrorismo”.
A coalizão global de parlamentares escreve que a designação é “cínica, cruel e uma clara violação do direito internacional”. Eles apelam aos seus respectivos governos para “tomarem medidas imediatas para defender a remoção [da designação]”.
A designação de ‘estado patrocinador’ do terrorismo levada a cabo pelo EUA—removida em 2015 após uma avaliação completa pelo governo Obama—foi reaplicada a Cuba nos últimos dias da presidência de Donald Trump em 2021. Os países nessa lista enfrentam sanções extremas que dificultam o acesso a medicamentos e alimentos. Os outros três países com essa designação dada pelo governo dos EUA são: a Síria, desde 1979; o Irã, desde 1984; e a Coreia do Norte, desde 2017. O presidente Joe Biden não removeu a designação, apesar de prometer um retorno à política da era Obama.
Os signatários e as signatárias exigem a remoção urgente de “Cuba da lista de ‘Estados patrocinadores do terrorismo’ (SSOT, na sigla em inglês) em nome da dignidade, da decência e da integridade da Carta da ONU”. A observação central é que, de acordo com especialistas das Nações Unidas, a designação minou “[o]s direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à alimentação, o direito à saúde, o direito à educação, os direitos econômicos e sociais, o direito à vida e o direito ao desenvolvimento”.
Signatários e signatárias particularmente notáveis incluem: o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores Belga, Peter Mertens; a deputada brasileira, Célia Xakriabá; a deputada canadense e membra do Conselho da IP, Niki Ashton; a senadora colombiana e membra do Conselho da IP, Clara López Obregón; o ex-secretário-geral do Partido Progressista dos Trabalhadores do Chipre (AKEL), Andros Kyprianou; a deputada equatoriana, Jahiren Noriega; o deputado francês, Arnaud Le Gall; o líder do partido alemão Die Linke, Martin Schirdewan; o deputado ganês, Samuel Okudzeto Ablakwa; o secretário-geral do Partido Comunitário da Grécia (KKE), Dimitris Koutsoumpas; o ex-presidente da Guiana Donald Ramotar; o primeiro vice-presidente do Congresso Nacional de Honduras, Hugo Noé Pino; o deputado indiano, John Brittas; o líder do Partido Nacional Popular da Jamaica, Mark Golding; o deputado malaio, Wong Chen; a secretária-geral do partido mexicano Morena, Citlalli Hernández; o deputado senegalês, Guy Marius Sagna; o líder do Movimento dos Socialistas da Sérvia Bojan Torbica; o líder do Opositor das Seicheles, Sebastian Pillay; o deputado espanhol e membro do Conselho da IP, Gerardo Pisarello; a líder do partido espanhol Podemos, Ione Belarra; o líder da Frente Nacional pela Liberdade do Sri Lanka Wimal Weerawansa; o presidente do Partido Democrático Popular da Turquia e membro do Conselho da IP, Ertuğrul Kürkcü; o ex-líder do Partido Trabalhista do Reino Unido e membro do Conselho da IP, Jeremy Corbyn.
A lista completa, junto com a carta publicada, estão no seguinte link.
Os signatários e signatárias argumentam que a designação “é cruel porque foi concebida para maximizar o sofrimento do povo de Cuba, estrangulando sua economia, deslocando suas famílias e até mesmo restringindo o fluxo de ajuda humanitária”.
Em maio de 2024, o Departamento de Estado dos EUA finalmente removeu Cuba da lista de estados que “não cooperam totalmente” com os Estados Unidos em esforços antiterrorismo. No entanto, a carta argumenta que “isso não é suficiente”, pois “Cuba continua sofrendo como resultado de sua exclusão cínica, cruel e ilegal da economia internacional”.
A carta coordenada pela Internacional Progressista veio depois de 35 ex-chefes de Estado e de governo terem escrito a Joe Biden pedindo que ele removesse Cuba da lista, à medida que ele entrava em seus últimos meses no cargo—e se baseia na declaração anterior, assinada por mais de 500 sindicatos, partidos políticos e movimentos populares de todo o mundo em junho deste ano.
Por favor, compartilhe a notícia e junte-se ao apelo para tirar Cuba da lista.
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