Estes movimentos fervilham há várias semanas contra a nomeação de Ronsard Molanda como chefe da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI). Nos últimos 15 anos, Molanda ocupou diversos cargos, inclusive o de Secretário Executivo Nacional durante o último governo.
Em dezembro de 2018 ele participou da organização das eleições presidenciais que alçaram Félix Tshisekedi (do partido da oposição UDPS) ao poder. O restante da oposição e da sociedade civil acusou o CENI de "fabricar" os resultados e reivindicou a vitória de Martin Fayulu, candidato da coligação de oposição Lamuka.
Desde 4 de julho a República Democrática do Congo vive momentos de grande tensão, depois que o presidente da Assembleia Nacional decidiu apoiar Ronsard Molanda para a chefia da Comissão Eleitoral Nacional Independente. Jovens dos movimentos cidadãos Lucha e Filimbi, partidos políticos e grupos religiosos responderam ao apelo patriótico e se opuseram a esta decisão.
Fomos detidos e torturados pela polícia pela terceira vez em uma semana.
Em 8, 13 e 19 de julho os nossos ativistas pró-democracia foram trancados na solitária pela polícia nacional congolesa, sem motivos válidos, e à noite foram soltos, depois de sofrerem torturas e agressões.
Estas detenções não são um obstáculo para os jovens ativistas pró-democracia; eles conhecem este tipo de repressão e intimidação pelas forças policiais.
Continuaremos a lutar até ver surgir o Novo Congo (com paz, segurança, água, estradas, sistemas de saúde e educação...).
O objetivo destas marchas era pedir reformas, uma auditoria na CENI e ações cruciais para fortalecer a democracia.
Exigimos:
Emmanuel Ndimwiza Murhony nasceu na ilha de Idjwi e desde a infância luta contra a injustiça social. Ele procura mobilizar os jovens em torno das questões nacionais, encoraja-os a serem cidadãos ativos e a se envolverem com a política da vida quotidiana. Ele promove os valores republicanos e o diálogo intercultural na diversidade de ideias e costumes. Ao questionar o modo como são vistos a história e o futuro do Congo, ele examina as conquistas concretas de cada um e de todos, com o fim de transformar o país.