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O Tribunal de Belmarsh: O Imperialismo vai a Julgamento

O Tribunal de Belmarsh chega a Nova Iorque para expor os crimes da chamada Guerra contra o Terror 20 anos após os primeiros prisioneiros terem sido levados para Guantánamo — e para reiterar o chamado à liberdade de Assange.
Em 25 de Fevereiro de 2022, a Internacional Progressista reunirá peritos jurídicos, representantes da ONU, denunciantes, jornalistas, e muitos outros para investigar e expor os crimes da chamada Guerra ao Terror, buscar justiça para as suas vítimas e exigir o fechamento do campo de concentração na Baía de Guantánamo.
Em 25 de Fevereiro de 2022, a Internacional Progressista reunirá peritos jurídicos, representantes da ONU, denunciantes, jornalistas, e muitos outros para investigar e expor os crimes da chamada Guerra ao Terror, buscar justiça para as suas vítimas e exigir o fechamento do campo de concentração na Baía de Guantánamo.

Inspirado pelos Tribunais Russell-Sartre do final dos anos 1960, que levaram o governo dos EUA a julgamento por seus crimes de guerra no Vietnã, o Tribunal de Belmarsh irá expor os crimes da chamada Guerra ao Terror 20 anos após os primeiros prisioneiros terem sido trazidos à Baía de Guantánamo — e para reiterar o chamado à liberdade de Julian Assange.

O evento, convocado em parceria com DiEM25, a Fundação Courage, The People's Forum, DSA International Committee, The Intercept, Peoples Dispatch e a Assembléia Internacional dos Povos, será presidido pelo filósofo Srećko Horvat e pela advogada de direitos civis Margaret Kunstler. As testemunhas incluirão: Alice Walker, Angela Richter, Austin González, Balthesar Garzón, Chip Gibbons, Chris Hedges, Clare Daly, Claudia De la Cruz, Cornel West, Deborah Hrbek, Golriz Ghahraman, Guillaume Long, Jeremy Scahill, Jodi Dean, Milo Rau, Nancy Hollander, Nathan Fuller, Nick Estes, Noam Chomsky, Renata Avila, Roger Waters, Sevim Dagdalen, Srećko Horvat, Steven Donziger, Vijay Prashad, e Yanis Varoufakis.

O Tribunal de Belmarsh coincide com o 20º aniversário da abertura do campo de concentração na baía ocupada de Guantánamo, na costa sudeste de Cuba. Em janeiro de 2002, os primeiros 20 prisioneiros chegavam ao local. Desde então, 779 homens e meninos muçulmanos de 49 países foram mantidos em Guantánamo. O detento mais jovem tinha apenas 14 anos quando chegou. O mais velho tinha 89 anos. Ao longo de anos e décadas, os detentos enfrentaram rituais de tortura e humilhação, além da incerteza da detenção prolongada sem acusações ou julgamento.

Duas décadas após, 39 pessoas continuam definhando em Guantánamo, 27 delas sem acusação. São "prisioneiros eternos" com pouca esperança de libertação, e sem perspectivas de justiça. Muitos deles permanecem confinados pela simples razão de que sua libertação lhes permitiria testemunhar o tratamento brutal que sofreram.

Documentos confidenciais vazados por Chelsea Manning e publicados pelo Wikileaks em 2011 revelaram os contornos sombrios do regime americano de detenção e tortura em Guantánamo. Muitos prisioneiros — entre eles um jornalista da Al Jazeera — foram detidos por anos apesar de não representarem oficialmente nenhuma ameaça para os EUA. Muitos desenvolveram graves problemas de saúde mental como resultado desse procedimento. Alguns morreram de suicídio.

Mas, hoje, não são os perpetradores que enfrentam a perseguição, mas os denunciantes. Em abril deste ano, Julian Assange entrará em seu terceiro ano de detenção no HMP Belmarsh, uma prisão de segurança máxima, às vezes chamada de "Guantánamo da Grã-Bretanha", que foi infamemente usada para deter suspeitos de terrorismo sem julgamento, enquanto procura recorrer de uma decisão judicial para extraditá-lo para os EUA.

É por isso que a Internacional Progressista está trazendo o Tribunal de Belmarsh para a barriga da besta. Em 25 de fevereiro de 2022, no Fórum dos Povos em Nova York, reuniremos especialistas legais, representantes da ONU, denunciantes, jornalistas e muitos outros para investigar e expor os crimes da chamada Guerra ao Terror, para buscar justiça para suas vítimas e para exigir o fechamento do campo de concentração na Baía de Guantánamo.

À frente do Tribunal, um dos mais distintos intelectuais públicos de nosso tempo e membro do Conselho da Internacional Progressista, Noam Chomsky disse:

"Acabamos de recordar um dos mecanismos para estrangular Cuba: o controle das instalações navais da Baía de Guantánamo vitais para o desenvolvimento de Cuba, que foi roubado de Cuba em 1903 como parte do sistema para manter Cuba como uma colônia virtual depois que os Estados Unidos intervieram para impedir a libertação de Cuba da Espanha. Há vinte anos, a administração Bush passou a transformá-la em uma das mais horrendas câmaras de tortura do mundo que ainda mantém vítimas brutalizadas sem acusações. Informações sobre tudo isso foram fornecidas ao público americano e mundial pelo WikiLeaks. Esses são os crimes que não podem ser perdoados, pois o poder começa a evaporar quando exposto à luz do sol".

Available in
EnglishGermanSpanishFrenchPortuguese (Brazil)
Translator
Rodolfo Vaz
Date
14.02.2022
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