Uma amiga de Bronzefield uma vez me disse, enquanto caminhávamos pelo pátio, que seu maior medo era que guardas a privassem de seus meios de suicídio. Ter esse ato final de autonomia tirado de si era a privação mais torturante que ela podia imaginar. Já pensei muito sobre isso, especialmente ante ao genocídio em Gaza e um recente suicídio na Penitenciária de Low Newton, no dia 13 de fevereiro de 2025. No momento em que escrevo, estou há 308 dias sob regime de prisão preventiva com mais 17 pessoas, formando um grupo conhecido como Filton 181. A acusação foi de envolvimento em uma ação direta de inviabilização de uma fábrica da Elbit Systems, em Filton, Bristol, que produz armas, incluindo drones que estão sendo utilizados para cometer o genocídio em Gaza. Fomos preses e detides sob a Lei Antiterrorismo, apesar da acusação por crimes não relacionados ao terrorismo. Agora, estou na Penitenciária de Low Newton, mas também passei um tempo nas de Bronzefield e Polmont. Em minha cela, assistindo à corrente dominante liberal relatar o genocídio, passei muito tempo refletindo na repressão e na resistência do povo palestino, e nos paralelos com o controle de pessoas encarceradas no Reino Unido.
A equipe carcerária fez de tudo para reprimir a disseminação da notícia do suicídio na Low Newton, mas, inevitavelmente, se tornou conhecimento geral em 20 minutos; todos sabem o que é um "código azul" e, quando seguido por um confinamento total, só pode significar uma coisa. Assim, o anúncio oficial da morte às detentas na manhã seguinte foi considerado um gesto atencioso e suspeito. Uma mulher que nunca vimos antes, com uma blusa de cetim ouro rosé e saltos brilhantes e imaculados, nos informou da ‘triste partida’ e nos convidou a conversar com a equipe carcerária se sentíssemos a necessidade. Passadas essas preliminares superficiais, ela seguiu para o seu objetivo principal ao nos abordar: controle de informação. Fomos avisadas para não espalhar rumores e não especular sobre a causa da morte. O suicídio foi referido como um ‘choque’ e uma ‘tragédia’, como se tivesse sido um acidente estranho e anômalo, algo inteiramente sem precedentes, que não se repetiria. Como se, pensei comigo, não estivéssemos encurraladas em uma fábrica de mortes presidida por eugenistas com penteados primorosos e simpáticas sobrancelhas feitas.
Se uma colega seguisse o que a mulher da blusa de cetim disse e se abrisse com um(a) agente penal, entretanto, ela seria imediatamente posta em um ACCT. Não sei ao que esse acrônimo se refere, apesar de ter sido submetida a um quando eu cheguei aqui (contra meus protestos veementes), mas todas sabem que são más notícias. Você é movida para uma cela vazia (chamamos popularmente de "cela do suicídio"), às vezes precisa trocar para uma "roupa anti ligadura", e submetida a um regime militar de verificação a cada 15 ou 30 minutos, durante a noite inteira. Essas verificações são feitas com um olho aparecendo no olho mágico da porta ou da parede, acompanhado por uma forte luz quando a sua própria está apagada, e um ríspido chamado do seu nome se você não se mover para indicar sua existência. Uma das minhas amigas, presa quando criança e agora na casa dos 20 anos, suportou esse tratamento por um ano inteiro. Não preciso dizer que o objetivo não é aliviar os sentimentos de suicídio, mas apenas prevenir que os coloquem em prática sob a vigilância do Estado.
Raramente uma semana se passa sem um novo relatório de inspeção denunciando a "crise de saúde mental" nas prisões do Reino Unido2 e as terríveis condições que levam tantas pessoas a considerarem a morte como sua única saída. De acordo com a Ouvidoria de Prisões e Liberdade Condicional (órgão responsável pela investigação de queixas e mortes de pessoas sob custódia), uma pessoa encarcerada tirou a própria vida a cada três dias e meio, em 2023, enquanto um ensaio do Inside Time apontou que, em 2024, mais pessoas morreram em prisões do que por assassinatos na Escócia. Mas nosso apetite por estatísticas sensacionalistas obscurece a omissão das inúmeras situações de quase morte: as tentativas de suicídio, o surgimento das deficiências devido à endemia de negligência médica3 e o efeito incapacitante dos regimes desumanos que fazem aumentar o número de pessoas detidas trancadas em suas pequenas celas por mais de 22 horas por dia4. A história da minha amiga Sandra5 é perturbadoramente típica. Em agonia por semanas, ela implorou para ver alguém da equipe de saúde prisional; depois de semanas de espera, ela foi finalmente atendida e suas preocupações foram descartadas. Ela perdeu mais de dois terços do seu peso corporal e mal podia se arrastar pelo corredor, tendo que se apoiar em um andador antigo de outra colega. Somente quando uma pessoa da equipe penal voltou de suas férias e chocou-se com o quão pequena e frágil ela havia se tornado, uma ambulância foi chamada. Ao chegar no hospital, ela estava com falência múltipla de órgãos e já era tarde demais para salvar alguma parte de seu intestino, que teve que ser removido e substituído por uma bolsa de colostomia. Pesando apenas 35 kg, a equipe médica não tinha certeza se Sandra sobreviveria à cirurgia, então a gentil pessoa da equipe de enfermagem concordou em conversar com a família, que não foi notificada pelo sistema carcerário que ela tentou fugir. As crianças de Sandra ficaram em volta da cama dela e choraram, e seu irmão criticou duramente a pessoa de segurança pela humilhação cruel causada pela presença da corrente no pulso dela, que parecia pesar tanto quanto ela. Essa pessoa, longe de se comover, atrasou a cirurgia, pouco disposta a seguir as instruções médicas de libertar Sandra para entrar na sala de cirurgia sem o consentimento da penitenciária. Tendo feito as pazes com a morte aos 41 anos, Sandra sobreviveu. Se ela tivesse recebido cuidados médicos meses antes, não precisaria passar uma cirurgia tão drástica e de grande impacto. Minha vizinha, Katie6, veio para a prisão usando codeína, sob prescrição médica uma década antes para aliviar a dor de uma lesão medular causada por uma administração incorreta da epidural. Uma pessoa da equipe de enfermagem da penitenciária disse que ela não poderia usar codeína e teria que aguentar com paracetamol. Para lidar com a recidiva, foi prescrita a metadona, uma droga que substitui a heroína. Em dois meses, Katie deixará Low Newton viciada em metadona sem nunca ter usado heroína na vida7.
Embora esses exemplos tenham consequências extremas, suas causas são mundanas. A equipe médica da prisão, quando a vemos, geralmente suspeita de nossos relatos de doenças, treinada para ver prisioneiros como gananciosos, ardilosos, "vagabundos" e viciados em drogas8. As doenças e as automutilações que requerem viagens ao hospital são tratadas como tentativas de fuga por padrão; por isso a relutância da pessoa de segurança para soltar Sandra, mesmo que ela estivesse sendo levada de cadeira de rodas para a sala. (Outra colega detida se lembra de quando ela foi ao hospital e a pessoa de segurança presa a ela não acreditava na insistência da pessoa médica de que elas não poderiam permanecer algemadas uma à outra enquanto minha colega entrava no equipamento de ressonância magnética. Mais uma vez, foram feitas ligações para obter a autorização para realizar do exame). O contexto dessa negligência médica e desconfiança é um ambiente inerentemente deletério para a saúde. Assim como o estresse psicológico de estar exilada de nossas vidas e cercadas por uma hostilidade hipervigilante, nós recebemos nutrição inadequada, com refeições predominantemente compostas por carboidratos baratos e ultraprocessados; e, a menos que o trabalho envolva alguma atividade, oportunidades para se exercitar são escassas. Não é surpresa que, de acordo com o Inside Time, uma em cada cinco pessoas presas tem diabetes tipo 29. Ter um sono decente é algo raro, esquivando-se daquelas de nós que não conseguem ficar confortáveis no colchão azul fino de plástico sobre uma prateleira sólida que faz a vez de uma cama, ou que são perturbadas pela lanterna da patrulha noturna perfurando a escuridão de nossas celas. É uma noite pacífica quando esses são os únicos impedimentos para dormir; é muito pior quando o silêncio é quebrado pelos gritos e uivos de colegas angustiadas ou pelos horríveis baques surdos de alguém batendo a cabeça contra a parede ou a porta. No começo, esses sons faziam um nó de simpatia se formar na minha garganta; agora, eu seguro meus plugs auriculares em meu ouvido com um abafador e tento dormir virada para cima.
Essas realidades não podem ser resumidas em imagens impactantes de manchetes, mesmo quando constituem uma campanha de morte lenta, tirando anos de nossa expectativa de vida, além daqueles já roubados de nós do lado de fora pelo Estado. De forma similar, a análise popular da devastação causada pelo genocídio do povo palestino por Israel favorece o número de mortes sobre todas as outras estimativas, dissimuladamente transmitindo a falsa impressão de que as pessoas feridas, doentes, famintas, traumatizadas e desamparadas ficarão bem. A amplamente documentada política Forças de Ocupação Israelenses de "atirar para incapacitar" das 10 e não para matar é frequentemente aceita erroneamente pela audiência ocidental como evidência do comprometimento do exército à preservação da vida. No entanto, em um contexto estratégico de privação de recursos e aniquilação de infraestrutura direcionada, onde o fornecimento e a retenção de cuidados médicos, combustível, eletricidade, alimento e água são controlados por forças israelenses opressoras, a prática sustentada e deliberada de mutilação equivale à condenação a uma morte lenta e agonizante. Fundamentalmente, essas mortes adiadas não são atribuídas às Forças de Ocupação Israelenses, reduzindo de maneira artificial o número de mortes que já provocam um certo desconforto aos governos ocidentais que financiam o genocídio ao classificar o pretexto de Israel como "autodefesa". É uma tática concebida não apenas para acalmar liberais ocidentais, mas para negar ao povo palestino a dignidade e a honra do martírio quando a morte se torna sua única opção. Em 2016, os relatórios do BADIL (Centro de Recursos para os Direitos de Residência e dos Refugiados Palestinos) documentaram as campanhas de punição com tiros dos joelhos ocorrendo nos campos de pessoas refugiadas ao longo da Cisjordânia, detalhando as declarações de um comandante israelense que compreendeu, e se deleitou, com o significado dessa negação. O capitão Nidal declarou: "Eu tornarei todas as pessoas jovens deste acampamento em pessoas com deficiência", enquanto a jornalista Amira Hass relatava ao Haaretz que Nidal "diz para a população jovem que não haverá mártires no acampamento, mas 'todo mundo usará muletas'"11. Jasbir K. Puar, autora do livro The Right to Maim (tradução: O Direito de Mutilar), descreve esse fenômeno como "visar a morte, mas não matar"12 e observa que "é como se negar a morte [...] fosse um ato de desumanização: o povo palestino sequer é considerado humano o suficiente para a morte."13
É uma ironia frequentemente mencionada que os Estados ocidentais financiam a maioria dos fundos para a UNRWA (em português, Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos) e também fornecem bilhões de munições para Israel, que são, então, utilizadas para destruir escolas e hospitais que a própria UNRWA constrói. Outra hipocrisia incontornável é evidente na posição do governo do Reino Unido sobre os presídios. O relatório anual da HMI Prisons para o período de 2023 a 2024 declarou que estamos em "tempos desesperadores", observando que o suicídio e a automutilação aumentaram "significativamente" nos presídios masculinos e dobrou em algumas instituições. Enquanto isso, a taxa de automutilação entre as encarceradas em penitenciárias femininas é nove vezes maior do que nas prisões masculinas. Mesmo assim, no final de 2024, a Lorde Chanceler e Secretária de Estado da Justiça, Shabana Mahmood, anunciou o plano do governo de dez bilhões de libras para construir quatro novos presídios nos próximos sete anos, criando mais 6.400 vagas para acomodar a crescente população carcerária do Reino Unido. Talvez a contradição aqui não seja óbvia: afinal, mais presídios não reduziriam a sobrecarga causada pela superlotação e o investimento não poderia ser utilizado para reabilitar e apoiar a população carcerária? Eu aconselharia a qualquer pessoa vendo isso com otimismo que observe a notável ausência de qualquer menção a mudanças culturais no anúncio de Mahmood. A ênfase é apenas na expansão física, sem ninguém parecer se questionar pelo ponto mais importante: por que o número da população prisional cresce continuamente? Claro, fazer essa pergunta seria reconhecer que "infratores" são uma população fabricada socialmente e, a partir desse ponto, é perigosamente difícil não concluir que, na verdade, todos os preconceitos que adoramos nos parabenizar de ter superado como sociedade ainda estão vivos e prosperando, tendo sido absorvidos sob o título da criminalidade. A simples verdade é que mais presídios só podem significar mais mortes e mutilação de pessoas reclusas. E como poderia ser diferente? Qualquer tentativa de engajar de forma significativa com a causa raiz do desespero de uma pessoa detida levaria, necessariamente, à abolição do cárcere e não sobraria qualquer agente penal empregado. Não temos pena de morte neste país, mas sim, um sistema prisional cada vez mais opressor e em expansão junto a um aparato estatal de vigilância que rapidamente se multiplica, controla e disciplina, cuja morte e deficiência são consequências inegáveis, apesar de não serem a intenção explícita.
Na publicidade estatal de Israel e do Reino Unido, a retórica enganosa em torno da intencionalidade tem considerável peso na avaliação de seus resultados. Cada artigo e relatório que expõe a extensão das falhas nos presídios é repleta de preocupações e desaprovações que soam obrigatórias, condolências vazias pelas famílias das vítimas e garantias de que todas as pessoas envolvidas estão fazendo de tudo para assegurar que aconteça o exato oposto do que está acontecendo. Pouco importa que a maioria da população carcerária seja reincidente14 (uma vez que a prisão não reduz a reincidência15), porque a intenção é reduzir a recidiva. E sim, o antigo inspetor-chefe das prisões, Peter Clarke, declarou o suicídio e a automutilação no presídio do Reino Unido como "um escândalo"16, mas o que você precisa entender é que a equipe profissional dos presídios está comprometida com o respeito e o cuidado para com a população carcerária, nos estimulando a alcançar nosso potencial e deixar para trás nosso caminho nefasto do crime. Da mesma forma, realmente precisamos parar de insistir no fato de que, após um ano do genocídio, quase 70% das vítimas de Israel foram mulheres e crianças, uma vez que, se você esteve prestando atenção a ambos os lados, saberia que Israel "não deseja ferir a população", como disse Netanyahu em uma coletiva de imprensa, em dezembro de 2023. Uma heurística útil para superar esse abismo entre palavras ditas da boca para fora e a realidade é o princípio de Stafford Beer: "o propósito do sistema é o que ele faz." É inútil insistir em uma suposta intenção que está em constante desacordo com o resultado. Se Israel realmente tivesse a intenção de não matar civis, as Forças de Ocupação Israelenses poderiam evitar o bombardeio de escolas, hospitais e campos de pessoas refugiadas lotados. Se o governo do Reino Unido sinceramente desejasse diminuir a superlotação nas prisões, poderia parar de recolher reincidentes por infrações tão ridiculamente leves, como chegar dez minutos atrasado para sua audiência de liberdade condicional, tal qual o caso de outra amiga que conheci na Penitenciária de Bronzefield.
No presídio, assim como na Palestina ocupada, o fantasma da morte é constante, seja ela repentina ou lenta, procurada ou combatida. Entretanto, da mesma forma que o ato de infligir a morte é uma ferramenta precisa e efetiva de controle biopolítico, desaparecendo com populações indesejadas, a negação da morte também o é. Por meio da mutilação direcionada às crianças, as Forças de Ocupação Israelenses simultaneamente ganham pontos para o humanitarismo de liberais ocidentais deliberadamente crédulos e incapacita qualquer resistência futura. Trata-se de uma técnica calculada de contrainsurgência, antecipando a previsão de Elon Musk de que pessoas órfãs de mártires, traumatizadas e em luto, certamente se juntariam ao Hamas no futuro17. Essa observação foi percebida por muitos como um momento de discernimento de Musk, mas o fato é que isso revela a incompreensão das pessoas em relação à profunda dimensão do sofrimento das crianças palestinas. Apesar disso, Musk acertou em cheio em uma verdade importante: a morte é estimulante. Quantos ocidentais sabem os nomes de mais pessoas palestinas mortas do que vivas? Quantos acham que o povo palestino é mais persuasivo ou palatável como vítimas quando são massacradas do que quando estão resistindo? O poder que a morte tem de despertar, incendiar, politizar e mobilizar é o que incentiva o Reino Unido e Israel a conscientemente reter a morte de suas respectivas populações excedentes. Ambos os Estados mantêm essas populações em condições de completa miséria e desespero, de forma que as pessoas não tenham forças para revidar, enquanto também lhes recusam a morte que acabaria com seu sofrimento18. O ponto aqui é não haver mais mártires, mais suicídios em presídios. Eu sequer quero que mais vidas sejam entregues a uma luta revolucionária. O que eu quero é que nos perguntemos: por que esperar pela morte para inspirar nossa resistência? Ninguém mais além de nós, o povo, pode determinar o limite da nossa tolerância por injustiça. Nunca deveria ter chegado a um genocídio e nunca deveria ter chegado a um encarceramento em massa. Todavia, uma consequência positiva do fato de haver tantas similaridades entre as condições do cárcere e da ocupação por Israel é que as mesma estratégias de resistência podem ser aplicadas a ambas as lutas. Ao ajudar a libertar a Palestina, estamos desafiando a lógica enganosa do consenso de que a prisão é uma solução viável para os problemas sociais. Igualmente, na busca pela abolição das prisões, nos comprometemos a lutar por um mundo no qual ninguém pode tirar a liberdade de outra pessoa.
Referências
1 Para saber mais sobre o grupo Filton 18 e apoiar sua campanha por liberdade, por favor, siga @freethefilton18 no Instagram e no Twitter.
2 "Mental Health Failings at Gartree and Lewes Found After Inmate’s Death", Converse, agosto de 2024; p. 7; "Prisoners are Poorly", Inside Time, maio de 2024, p. 11; "IMB Watch": Forest Bank, Drake Hall, Guys Marsh, Inside Time, maio de 2025, p. 15; "Lives at Risk over Inaction on Prisons, says Report", Converse, agosto de 2024, p. 23; "Teenager Kills Himself at Scottish Young Offender Institution", Converse, agosto de 2024, p. 33; "IMB: Leicester Prison Under Pressure", Converse, agosto de 2024, p. 35; "A prisão de Liverpool é um local de morte coletiva ... completamente desumano" (trecho traduzido), "IMB Report Published: HMP Liverpool", Converse, outubro de 2024, p. 16; "HMP Ryehill: Self-Harm Cases Up 40%", Converse, outubro de 2024, p. 33; "Rochester Prison: Urgent Notification", Converse, outubro de 2024, p. 38; "HMP Durham – Risk Assessment Concerns Raised Again After Cell Suicide", Converse, janeiro de 2025, p. 39.
3 "You Can’t Visit Him Today, He’s Dead", Inside Time, maio de 2024, p. 15; We’ve Lost Your False Leg", Inside Time, outubro de 2024, p. 11; "The Mount: Third Critical Death Report in Three Months", Converse, outubro de 2024, p. 10; "Woman Told Officers She Felt Suicidal", Inside Time, novembro de 2024, p. 14; "Naked Barking Man Wasn’t Treated", Inside Time, fevereiro de 2025, p. 14; "A Deadly Diagnosis: If You Have Cancer in Prison, You’re More Likely to Die From It", Inside Time, fevereiro de 2025, p. 16; "No Help for Self-Harmers", Inside Time, maio de 2024, p. 2; "Not a Place for Disabled Prisoners", Inside Time, maio de 2024, p. 4; "Hopeless Healthcare", Inside Time, maio de 2024, p. 9.
4 "Endless Bang-up", Inside Time, novembro de 2024, p. 26; "The Figures Say It All", Inside Time, novembro de 2024, p. 26.
5 Não é o nome verdadeiro dela.
6 Outro pseudônimo.
7 Assustadoramente, isso parece ser uma prática padrão. Um prisioneiro da Penitenciária de Parc atesta que "a assistência médica está em frangalhos, eles tiram os analgésicos das pessoas e receitam metadona" (trecho traduzido); "No Structure Here", Inside Time, novembro de 2024, p. 6.
8 A pessoa da equipe de enfermagem cometeu um "erro de julgamento", pois "acreditou erroneamente que ele havia consumido drogas" (trecho traduzido); "Prisoner Died After Nurse Called Off Ambulance", Inside Time, fevereiro de 2025, p. 15.
9 "One in five prisoners has type 2 diabetes", Inside Time, 31 de dezembro de 2024, https://insidetime.org/newsround/one-in-five-prisoners-has-type-2-diabetes/#:~:text=The%20data%2C%20released%20to%20The%20Times%20following%20a,sugar%20in%20the%20blood%20to%20become%20too%20high. Acesso em 11/05/2025
10 "Unidades israelenses especialmente treinadas, então, atiram de forma calculada para incapacitar, enquanto mantêm a estatística de pessoas palestinas mortas baixa" (trecho traduzido); Tanya Reinhart, Israel/Palestine: How to End the War of 1948, p. 114. Puar, citando Reinhart (p. 113): "Em 2002, a linguista Tanya Reinhart analisou 'a política dos ferimentos' durante a Segunda Intifada ... Citando entrevistas com soldados das Forças de Defesa de Israel, do Posto de Controle de Jerusalém, ela seleciona uma fala representativa do atirador de elite israelense, Sargento Raz ... que anuncia, 'Eu atirei em duas pessoas ... em seus joelhos. É apenas para quebrar os ossos e neutralizar as pessoas, mas não matá-las'" (trecho traduzido), Jasbir K. Puar, The Right to Maim, p. 131. "Uma delegação da Médicos pelos Direitos Humanos concluiu: 'ou seja, soldados israelenses parecem estar deliberadamente alvejando as cabeças e as pernas do povo palestino manifestante, mesmo em situações que não ameaçam a vida'" (trecho traduzido); Ephron, Boston Globe, 4 de novembro de 2000, citado em Jasbir K. Puar, The Right to Maim (Carolina do Norte, EUA: Duke University Press, 2017), p. 131. "Durante a Segunda Intifada, houve relatos de que as Forças de Defesa de Israel estavam utilizando munições expansivas de 'alta velocidade', que criavam um efeito de 'tempestade de neve' no corpo, espalhando a munição por toda a parte e causando múltiplos ferimentos internos ... balas dum dum, que são banidas pela lei internacional dos direitos humanos, são difíceis de serem extraídas depois que penetraram e explodiram dentro do corpo e geralmente garantem um 'sofrimento vitalício' para a pessoa que for atingida" (trecho traduzido), Puar, The Right to Maim, p. 131. (trechos traduzidos)
11 Puar, The Right to Maim, p. 221.
12 Puar, The Right to Maim, p. 139.
13 Puar, The Right to Maim, p. 141.
14 Peter Cuthbertson, "Who goes to prison? An overview of the prison population of England and Wales", Civitas, dezembro de 2017, p. 2 https://www.civitas.org.uk/content/files/whogoestoprison.pdf.
15 "Abolition of short custodial sentences", The Suntory and Toyota International Centres for Economics and Related Disciplines, https://sticerd.lse.ac.uk/case/new/research/Inequalitiesand_Poverty/policy-toolkit/crime-short-custodial-sentences.asp. Acesso em 11/05/2025.
16 Jamie Greierson, "Prison suicide rate is a scandal, says HM chief inspector", The Guardian, 9 de julho de 2019, https://www.theguardian.com/society/2019/jul/09/jails-slow-react-deluge-of-drugs-hm-chief-inspector. Acesso em 11/05/2025.
17 Elon Musk, citado em "Elon Musk: War, AI, Aliens, Politics, Physics, Video Games, and Humanity | Lex Fridman Podcast", Lex Fridman, 9 de novembro de 2023, https://www.youtube.com/watch?v=JN3KPFbWCy8. Acesso em 11/05/2025.
18 Para um testemunho comovente de alguém que acredita no poder da morte como catalisadora de mudanças, veja "Prisoner Hoped Suicide Would Change IPP Policy", Inside Time, outubro de 2024, p. 12.